radio nova kanaan

domingo, 20 de março de 2011

Muitos “chavões” ou “jargões” têm invadido as igrejas evangélicas no Brasil. Frases como: “Eu profetizo”, “Toma posse da bênção”, "Eu determino", "Eu declaro", entre outras, viraram formas arrogantes de os crentes exercitarem sua fé ou de se dirigirem a Deus, exigindo bênçãos imediatas. Preocupados com essa nova linguagem e com essa nova postura, faremos uma rápida análise do contexto evangélico atual, para que possamos entender o porquê dessas invencionices, praticadas durante as chamadas "ministrações", realizadas nos cultos.
Os Jargões e as Doutrinas Modernas
Muitos jargões surgiram como resultado de doutrinas controvertidas, como a crença em “maldição hereditária”, e a “confissão positiva”, que vieram juntas com a “teologia da prosperidade”. São ensinamentos antibíblicos. Essas doutrinas equivocadas são usadas para tirar dos cristãos a exclusividade da fé em Cristo, que é suficiente para libertar, curar e proteger os servos de Deus de toda força do mal.

Os jargões evangélicos e a confissão positiva
A chamada "confissão positiva" coloca o peso das realizações espirituais nas palavras pronunciadas e na atitude mental da pessoa que está ministrando, desconsiderando a genuína fé em Deus (At 3:16; Hb 12:1-2). Essa atitude é apoiada na falsa crença que diz: “Há poder em suas palavras”, como se as palavras humanas tivessem poder de criar, de intervir, de mudar situações. A ênfase é posta no homem, e, raramente, o ministrante cita o poder de Deus (Rm 1:16-17). Há dezenas de livros ensinando os crentes a agirem assim. A maioria dos fiéis não percebe que está caminhando para o abismo espiritual, lugar daqueles que se afastam das verdades bíblicas.

Os jargões evangélicos e a incubação de bênçãos

A conhecida "Incubação de bênçãos" é um desdobramento da crença na "confissão positiva". Consiste no seguinte: O crente incauto é ensinado a "gerar uma imagem mental", direcionada para o alvo que se pretende alcançar; por exemplo: se o crente deseja um carro, deve engravidá-lo mentalmente, para que Deus possa conceder-lhe a graça. É ridículo, mas, infelizmente, centenas de crentes deixam-se enganar. Essa atitude tem levado muitas pessoas ao comodismo, à inércia espiritual e a uma atitude preguiçosa, pois já não se esforçam para conseguir, com trabalho duro e honesto, aquilo de que precisam. Pelo contrário, ficam à espera do momento em que a bênção irá “cair do céu”. Da crença na "incubação das bênçãos", surgiu a arrogante frase: "Toma posse da bênção”. Isso simplesmente não existe na palavra de Deus.

Os jargões evangélicos e a mania de querer mandar em Deus
Chavões tais como: “Eu declaro”, “Eu ordeno”, “Eu profetizo”, "Eu decreto", são pronunciados sem a menor reflexão ou sentido de responsabilidade. Os crentes e, infelizmente muitos líderes comportam-se como se fossem Deus; colocam o "EU" na frente e soltam palavras que não fazem parte das alianças divinas, das promessas divinas, dos oráculos divinos, dos estatutos divinos, da graça divina, da misericórdia divina, do amor divino. Falam da forma como Deus não mandou falar, declaram o que Deus não mandou declarar. “Eu declaro”, “Eu ordeno”, “Eu profetizo”, "Eu decreto" são expressões despidas da espiritualidade ensinada na palavra de Deus; são frases que revelam a altivez do coração humano, são palavras que, por não terem respaldo bíblico, não mudam situação alguma.
Os cristãos precisam entender que não podem dar ordens a Deus! É Deus quem determina; é Deus quem decreta; é Deus quem declara; é Deus quem abençoa. É Deus; não sou eu. Ele é tudo; eu sou nada! Eu sou servo; Deus é Senhor! Ele é soberano; eu apenas obedeço à sua Palavra. A Deus, toda a glória! Assim, não é a minha vontade que deve prevalecer. Jesus não só nos ensinou a orar: ... Seja feita a tua vontade (Mt 6:9 e 10), como também pôs em prática o que ensinou: ... Todavia, faça-se a tua vontade... (Mt 26:42). Pronunciar uma frase por deliberação própria e dar a entender que está autorizado por Deus, sem, na verdade estar, é enganar o rebanho do Senhor. Deus não opera onde há engano; não compactua com enganadores e não terá por inocente aquele que tomar seu nome em vão (Êx 20:7).

Os jargões evangélicos e o egocentrismo
O que nos chama à atenção nessas manias, nessas invencionices, é o seguinte: quanto mais elas se alastram, mais o nome de Deus desaparece e o "EU" entra em cena. É trágico, os cristãos vão se tornando embrutecidos, achando que podem assumir o lugar do Altíssimo Deus. Cada vez mais os cristãos expressam o desejo de assumir o lugar de Cristo: “Eu ordeno”, “Eu profetizo”. É o "EU" como centro da fé; é o egocentrismo religioso em marcha; é o endeusamento do egoísmo; é a divinização do homem.

Os cristãos precisam entender que Jesus não permitiu que o seu "EU" aparecesse. Quando alguém o chamou de “bom Mestre”, ele desviou de si a atenção e disse: ... bom só há um, que é Deus ... (Mt 19:17). É preciso ter muito cuidado com o egocentrismo religioso: o "EU" atrai para o homem a glória que a Deus pertence, sendo o resultado de tal atitude a morte eterna.
Reflexões Bíblicas Sobre Alguns Jargões
A ausência de estudo da palavra de Deus, ministrados de forma sistemática, tem dado oportunidade para a entrada de heresias, acompanhadas dos chavões religiosos, nas igrejas. Por isso, somos convidados a refletirmos sobre seguinte questão: A utilização dessas estranhas expressões tem o apoio da Bíblia? Avaliemos algumas delas:

- “Eu profetizo”
A Bíblia ensina que a profecia não depende do "EU" querer: ... Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirado pelo Espírito Santo (II Pe 1:21). É bom observarmos que os homens santos de Deus também não usaram essa frase; ao contrário, quando profetizaram, disseram: Assim veio a mim a palavra do Senhor... (Jr 1:4); Assim diz o Senhor... (Jr 2:5; Is 56:1; 66:1); Ouvi a palavra do Senhor... (Jr 2:4); E veio a mim a palavra do Senhor (...) disse o Espírito Santo... (At 13:2);... Isto diz o Espírito Santo... (At 21:11); Mas o Espírito expressamente diz... (I Tm 4:1). Em todos os casos, não aparece o "EU", aparece a pessoa divina.

Pense bem: Como vamos profetizar bênçãos, sem que Deus tenha nos autorizado em sua palavra, a Bíblia Sagrada? Como é que vamos profetizar, se, em nós mesmos não há bênçãos para oferecermos, visto que a Palavra afirma que, em nossa natureza, não habita bem algum? Como é que eu e você vamos profetizar bênçãos em nosso nome, se a Bíblia afirma que toda boa dádiva, todo dom perfeito vem do alto, do Pai das luzes, em quem não há mudança e nem sombra de variação?
Essa arrogância do "Eu te abençôo" deriva da falsa crença na "confissão positiva", que leva as pessoas a crerem em que há poder nas suas próprias palavras. Daí acharem que podem profetizar bênçãos a qualquer momento e a qualquer pessoa. A Bíblia condena essa falsa crença, pois somente Deus tem poder para abençoar.
- “Tomar posse da bênção”
Não encontramos o uso dessa expressão no Antigo e nem no Novo Testamento. É um jargão de uso frequente nas igrejas cujas reuniões têm como tema e propósito principal pregar e receber a prosperidade material, que eles reduzem a bênçãos. Os seus líderes não se preocupam com nutrir o rebanho com as verdades da palavra de Deus, que conduzem à salvação em Cristo Jesus (II Tm 3:14 e 15)

Essa frase surgiu para fortalecer a doutrina da "incubação de bênçãos". Como já vimos, neste texto, primeiramente a pessoa tem a “visualização positiva” da bênção desejada, isto é, concebe em sua mente o que ela quer receber e, em seguida é motivada a “tomar posse bênção”.

A "incubação de bênçãos", a "visualização positiva" e o uso do termo “tomar posse da bênção” são atitudes que substituem a fé operante e a atuação divina, levando as pessoas a crerem em que tudo depende da força da mente e das palavras de poder pronunciadas por elas. Comparando isso com o procedimento de Jesus e dos apóstolos, afirmamos que é errado usar o termo "Toma posse da bênção" como meio de termos as bênçãos divinas concretizadas em nossa vida. Os discípulos de Jesus nunca cometeram esse tipo de equívoco, pois, em lugar de dizerem: "Toma posse da bênção”, eles disseram: ... Se tu podes crer; tudo é possível ao que crê (Mc 9:23); ... Tende fé em Deus ... (Mc 11:22), ... Grande é a tua fé! ... (Mt 9:28) ... Seja-vos feito segundo a vossa fé (Mt 9:23); Em nome de Cristo, o nazareno, levanta-te e anda ... (At 3:6). Assim, em vez de as bênçãos serem direcionadas para o homem, a palavra de Deus ensina as pessoas a direcionarem suas esperanças para Deus, através da fé.
Doutrinas heréticas têm ocupado a mente e o tempo de muitos crentes. Elas não conduzem as pessoas a confiarem no sacrifício do Calvário, na cruz do Senhor, no sangue de Jesus, que nos purifica de todo o pecado, mas levam as pessoas a se envolverem com várias práticas estranhas à Palavra inspirada pelo Espírito Santo.
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..tony kanaan


quinta-feira, 17 de março de 2011

Os provocadores de Deus

Milagres não acontecem por acaso. São sempre resultado de uma semeadura de fé ou obediência por parte daquele que busca a Deus...



“Trazei todos os dízimos à casa do Tesouro, para que haja mantimento na minha casa; e provai-me nisto, diz o SENHOR dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu e não derramar sobre vós bênção sem medida.” (Malaquias 3:10)




Tenho aprendido que os milagres não acontecem por acaso, são provocados por famintos pela presença manifesta de Deus. Quando olhamos para as histórias de Raquel e Ana que eram estéreis, de Bartimeu, o cego, da mulher com fluxo de sangue por doze anos, do centurião romano, da mulher Cananéia, entre outras tantas que a bíblia relata, vemos que estas pessoas se colocaram na rota do milagre. Não foi um acaso, nem tampouco estavam passivas, mas estes homens e mulheres provocaram o milagre de que necessitavam.
Meditando a este respeito, observo em determinadas áreas de minha vida a necessidade de uma ação sobrenatural de Deus, um milagre. Talvez você também precise de um em sua saúde, família, ministério, vida pessoal, profissional, financeira, etc. Mas como provocar o milagre desejado em minha vida?
Há uma pessoa na Bíblia que experimentou pelo menos três grandes milagres: a geração de um filho no sobrenatural, a ressurreição de um morto e a restituição na área financeira. O que podemos aprender em sua história é que ela provocou estes milagres. A mulher sunamita, cuja história é narrada em II Reis 4:1 a 37;8:1 a 6, foi agente provocador coisas tremendas. Seu segredo foi a decisão de ser alguém que investia no reino de Deus. Tudo começou quando ela decidiu trazer para dentro de sua casa Eliseu, o profeta, o homem que tinha em sua boca a palavra de Deus. Ela fez investimentos que, ao meu entender, abriram as portas do sobrenatural sobre sua casa.
Ao construir um quarto e mobiliá-lo para receber Eliseu, ela investiu recursos financeiros, e este investimento não foi baseado em um interesse particular. Quando perguntada por Eliseu: ”o que se há de fazer por ti? Haverá alguma coisa que se fale a teu favor ao rei ou ao comandante do Exército?” Sua resposta foi : “Habito no meio do meu povo”, ou seja, “estou satisfeita, não necessito de nada”.
Quando ofertamos, abrimos sobre nós as janelas do céu. Não significa comprar o milagre. Na verdade a oferta é um ato profético que demonstra nossa fé, nossa confiança em Deus e Sua palavra. Trazer os dízimos e ofertas é uma atitude de dependência de Deus e não dos recursos financeiros, uma demonstração de confiança de que nosso sustento e nossa suficiência vêm do Senhor. Sabe porque os dízimos e as ofertas agradam a Deus? Porque são uma demonstração de fé e quando ele encontra um coração crente, ele o abençoa. Veja o que diz a Bíblia: “De fato, sem fé é impossível agradar a Deus, porquanto é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que se torna galardoador dos que o buscam” (Hb. 11:6).
A fé se manifesta através de nossas atitudes. Por exemplo, para que Pedro andasse sobre as águas, depois de uma palavra de Jesus, ele precisou decidir sair do barco, o lugar seguro que ele conhecia, para pisar nas águas do mar. Parecia ilógico, mas ele creu e por isto experimentou o milagre.
Desta mesma maneira, investir financeiramente no reino de Deus através dos dízimos e ofertas, significa sair lugar da segurança, do lugar conhecido e pisar num território celestial, na fé de ver o cumprimento da palavra a nosso respeito. Ser fiel é ir além da razão, é entrar no nível do sobrenatural, no lugar dos milagres e da unção.
Ofertar não é comprar a benção, mas é demonstrar que você não se vende à razão, ao lógico, ao natural. Esta atitude abre as janelas dos céus sobre nossa cabeça. Foi exatamente isto que aconteceu àquela mulher, os céus foram-lhe abertos e os milagres de Deus se instalaram em sua casa.
A mulher sunamita, a quem eu chamo de provocadora de milagres, é para mim, um exemplo de que os investimentos corretos produzem milagres extraordinários. Além de investir financeiramente para construir uma casa para Eliseu, ela investiu também em trazer para dentro de sua casa a palavra de Deus.
Eliseu é a figura da palavra viva de Deus, e ao perceber isto, ela fez questão de trazê-lo para sua casa. “Ela disse a seu marido: Vejo que este que passa sempre por nós é santo homem de Deus. Façamos-lhe, pois, em cima, um pequeno quarto, obra de pedreiro, e ponhamos-lhe nele uma cama, uma mesa, uma cadeira e um candeeiro; quando ele vier à nossa casa, retirar-se-á para alí” (II Re 4:9,10).
Para fazer isto ela precisou semear. Todo investimento na palavra de Deus produz milagres como fruto. Aquela mulher tinha o sonho de ter filhos, e ela se tornou mãe porque um dia decidiu atrair para sua vida a Palavra de Deus, Imagine quantas casas haviam ali em Suném, quantas pessoas viram Eliseu passar pelas ruas daquela cidade, quantas pessoas ouviram suas palavras... Porém aquela mulher resolveu investir para abrigá-lo em sua casa. Ao manter contato com a palavra de Deus, um dia, esta reverberou, veio a seu encontro, e a surpreendeu. “Daqui a um ano, abraçarás o teu filho”
O milagre da multiplicação, uma gravidez sobrenatural veio àquela sunamita porque ela decidiu investir e dar ouvidos a palavra. Pense: Que nível de investimento na palavra de Deus há hoje em sua vida?
Quando olho para o Novo Testamento, vejo Jesus, o Deus Filho, andando no meio das pessoas, mas muitos não o reconheceram por causa de sua simplicidade, “veio para os que eram seus, mas os seus não o receberam”. Esperavam um príncipe, uma pessoa extraordinária, mas ele apareceu como o humilde filho do carpinteiro. É assim... Deus é simples.
Por que muitas vezes não experimentamos os milagres que desejamos? “Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado por meu Pai, e eu também o amarei e me manifestarei a ele” (Jo 14:21).
Os milagres são a manifestação sobrenatural de Jesus a nós. Se quisermos vê-los acontecer, temos que aprender a investir em sua palavra. Guardá-la em nossas mentes e corações, praticá-la em nossa vida diária. O relacionamento com a palavra é algo tão simples que às vezes o desprezamos. Temos, porém, que ter em mente que Jesus é a Palavra Viva de Deus, “O Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e verdade e vimos sua glória”.
Qual o seu nível de investimento na palavra de Deus?
O valor dado à palavra de Deus desatou sobre a sunamita o milagre. No entanto, houve uma crise, a promessa de Deus, ou seja, seu filho, morreu.
A atitude desta mulher no meio da crise impressiona meu coração. Em momento algum ela faz confissão da morte, ou seja, ela não diz que seu filho morreu. Ela se apegou a palavra dada pelo profeta, e em seu relacionamento com ela, mesmo após a morte da criança, quando questionada por seu marido ” ela disse: Tudo vai bem” (II Re 4:21). Quando Geazi a encontra e lhe pergunta: “...Vai tudo bem contigo, com teu marido, com o menino? Ela respondeu: Tudo bem.”
Por que ela não se entregou ao desespero, à murmuração ou aos questionamentos? Por causa da palavra que ela abrigou em seu coração! Por este motivo ela foi até Eliseu e a seus pés abriu o seu coração, porém não confessou a morte do filho, mas a palavra em que cria. E ela recusou-se sair daquele lugar sem uma resposta de Deus para sua casa. Bem, o resultado todos conhecemos: o filho daquela mulher ressuscitou.
O nível de relacionamento com a palavra de Deus é proporcional ao nível dos milagres que atraímos para nossas vidas, famílias, nossos ministérios, nossos discípulos, nossas finanças.
“Não se aparte da tua boca o livro desta Lei; antes, medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer conforme tudo quanto nele está escrito; porque, então, farás prosperar o teu caminho” Js 1:8

Mensageiro de Deus  > tony kanaan   email  novakanaan@hotmail.com 

segunda-feira, 7 de março de 2011

Paulo de Tarso

Paulo de TarsoOrigem: Wikipédia, a enciclopédia livre.Ir para: navegação, pesquisa


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Nota: Para outros significados, veja Paulo de Tarso (desambiguação).

Paulo de Tarso



Paulo

Apóstolo dos gentios e Mártir

Nascimento 9 d.C. em Tarso na Cilícia

Falecimento 64 d.C.

Veneração por Catolicismo e Igreja Anglicana

Principal templo Basílica de São Paulo Extra-Muros, na Via Ostiense, Roma

Festa litúrgica 29 de junho (pelas igrejas Católica e Anglicana)

Portal dos Santos



Paulo, conhecido como Paulo de Tarso ou São Paulo, cujo nome original era Sha'ul ("Saulo") (Tarso, c. 9 — Roma, c. 64) é considerado por muitos cristãos como o mais importante discípulo de Jesus ("Yeshua") e, depois de Jesus, a figura mais importante no desenvolvimento do cristianismo nascente.



Índice [esconder]

1 Vida

1.1 Infância

1.2 Jerusalém

1.3 Missão de Damasco

2 Viagens e apostolado

3 Aspecto físico

4 Obra

5 Críticas

6 Bibliografia

7 Ver também

8 Ligações externas





[editar] VidaPaulo de Tarso foi um apóstolo diferente dos demais, por ter dado maior ênfase aos gentios, (não Judeus) pois a sua atenção era destinada a eles que estavam espalhados pelo mundo (Atos 13:47). Paulo, assim como os outros Apóstolos, também teria, em tese, visto Jesus Cristo (Atos 9:17, I Coríntios 15:8, dentre outros textos). Paulo era um homem culto, pois era fariseu seguidor de rabi Gamaliel. Destaca-se dos outros apóstolos pela sua cultura, considerando-se que os outros apóstolos em sua maioria eram pescadores. A língua materna de Paulo era o grego. É provável que também dominasse o aramaico.



Educado em duas culturas (grega e judaica), Paulo fez muito pela difusão do Cristianismo entre os gentios e é considerado uma das principais fontes da doutrina da Igreja. As suas Epístolas formam uma secção fundamental do Novo Testamento. Alguns afirmam que ele foi quem verdadeiramente transformou o cristianismo numa nova religião, e não mais uma seita do Judaísmo.



Foi a mais destacada figura cristã a favorecer a abolição da necessidade da circuncisão e dos estritos hábitos alimentares tradicionais judaicos (veja Controvérsia da circuncisão e Concílio de Jerusalém). Esta opção teve a princípio a oposição de outros líderes cristãos, mas, em consequência desta revolução, a adoção do cristianismo pelos povos gentios tornou-se mais viável, ao passo que os Judeus mais conservadores, muitos deles vivendo na Europa, permaneceram fiéis à sua tradição, que não tem um móbil missionário.



[editar] InfânciaPaulo nasceu em Tarso, na Cilícia, que atualmente pertence à Turquia, numa família judaica da Diáspora (dispersão) (na altura já havia uma diáspora de judeus que viviam espalhados pelo mundo, sobretudo na Pérsia, mas também em torno do mediterrâneo, em Alexandria e no norte de África, na Turquia, Grécia e outras partes do Império Romano, incluindo a atual península Ibérica). Nasceu em data desconhecida mas "sem dúvida antes do ano 10 da nossa era" (Étienne Trocme). Nascido na tribo de Israel de descendência Benjamim (Fp.3-5), adquiriu a cidadania romana mantendo a fé judaica, e educou-se na tradição judaica. Durante toda sua vida a cidadania romana foi um meio de proteção física. Como ele próprio diz, foi circuncidado ao oitavo dia e mantém-se sempre na lei mosaica. Diz-se mesmo um Fariseu. A sua formação primária foi feita numa escola de cultura grega, como atestam as suas cartas. Mas ele afirma que recebeu também o ensino por parte de rabinos.



[editar] JerusalémEm determinada altura Paulo deve ter ido viver em Jerusalém. As cartas dos apóstolos afirmam que ele foi aluno do rabino Gamaliel em Jerusalém. Não há dúvida de que passou uma parte importante da juventude em Jerusalém.



Foi em Jerusalém que Paulo participou no apedrejamento de Santo Estêvão, um líder de um grupo fervoroso dos seguidores de Jesus, naquela época nomeado diácono. Ainda não se chamava de Cristianismo a doutrina de Cristo, mas sim de "Caminho". O apelido "cristão", o termo que hoje e usado no mundo para todos os seguidores de cristo, surgiu pela primeira vez na cidade de Antioquia em referência aos discípulos de Cristo naquela cidade (At 11,26). Foram assim chamados pelos moradores daquela metrópole devido ao bom exemplo que davam e por sempre testemunhar a respeito de Jesus. Desde então o título pegou e suplantou os outros nomes pelos quais eram chamados , como por exemplo "nazarenos", nome pelo qual eram conhecidos os discípulos, pelos judeus (At 24,5). O apelido cristão generalizou-se de tal forma que, em pouco tempo, todos os membros das igrejas de Cristo passaram a ser assim chamados. Não houve outro que representasse tão bem os discípulos de Cristo até meados do século III, período no qual houve a necessidade de acrescentar um sobrenome a este apelido. Paulo foi um perseguidor destes seguidores de Jesus, núcleo de cristãos que procuravam difundir a nova fé entre os judeus de Jerusalém.





Conversão de São Paulo, por Caravaggio, 1600.O argumento de Paulo na sua perseguição aos seguidores do "Caminho" era a defesa da "tradição dos pais" e da lei mosaica, que ele via como ameaçada pelos seguidores de Jesus. Alguns autores chegam mesmo a colocar a hipótese de Paulo ter sido um zelote mas Paulo na verdade foi um fariseu, dado o seu fervor religioso. Também o fato de sua vida ter sido colocada em perigo após ter tomado partido pelos cristãos leva Étienne Trocmé a dizer que isso "corresponde bem ao pouco que sabemos sobre a organização do partido zelote".



Em determinado momento, Paulo de Tarso saiu do mundo judaico e foi para Atenas pregar. Os relatos contam que, na sua estada na Acrópole, ele consegue converter Dionísio Ariopaseta.



[editar] Missão de DamascoSaulo, ferveroso defensor da tradição judaica, foi enviado a Damasco para fazer face à agitação dos seguidores do "Caminho".



Foi durante esta missão a Damasco que Saulo tomou o partido dos cristãos que perseguia anteriormente. Foi aqui que Paulo, indo no caminho de Damasco, já perto da cidade, viu um resplendor de luz no céu que o cercou, e caindo por terra, ouviu uma voz que lhe dizia: "Saulo, Saulo, por que me persegues?". (Atos 9.1-22) Paulo converte-se a Jesus Cristo. A esta mudança, ele fez corresponder uma mudança de nome. Abandonou o nome Saulo e, deste momento em diante, fez-se conhecer como Paulo.



[editar] Viagens e apostolado

Paulo a escrever as epístolas (obra atribuída a Valentin de Boulogne ou a Nicolas Tournier)Após muitos anos de atividade missionária, com três grandes viagens apostólicas descritas na Bíblia (incluindo Grécia, Macedônia e Ásia Menor nos itinerários), onde fundou diversas comunidades, foi preso em Jerusalém por volta do ano 61 d.C. sob a falsa acusação de estar infiltrando gentios no Templo de Jerusalém, o que era punido com a morte pelos judeus. Conseguindo se desvencilhar das mãos das autoridades do templo, apelou ao imperador romano, sendo enviado a Roma.



Na viagem para Roma o navio em que seguia naufragou, tendo ido parar à ilha de Malta. Esteve numa gruta, onde hoje se situa a Igreja de São Paulo em Rabat. Durante os três meses que ali teria passado, Paulo teria sido mordido por uma serpente e saído ileso do confronto. Um episódio que levou os habitantes locais a vê-lo como um Deus. Mais tarde, teria curado o pai do governador da ilha antes de partir.



Quando finalmente chegou a Roma teria sido julgado e, após cerca de dois anos encarcerado, foi libertado.



Segundo a tradição e pelo que é descrito em suas cartas, reiniciou sua atividade missionária, sendo que, muito provavelmente, visitou a península Ibérica e retornou à Ásia Menor, onde, em Trôade, foi denunciado por um ferreiro de nome Alexandre, sendo repentinamente preso e, mais uma vez, enviado a Roma. Lá, ficou encarcerado no segundo subsolo do Cárcere Mamertino.



Foi julgado e condenado à morte por Nero que, naqueles tempos, estava perseguindo duramente os cristãos. Em face de ser cidadão romano, em vez de ser crucificado, Paulo teria sido decapitado em 64 d.C. em um lugar conhecido como Águas Salvias. Seu túmulo encontra-se na Basílica de São Paulo Extra-Muros, na "Via Ostiense", local tradicionalmente aceito como sendo de seu martírio.



[editar] Aspecto físicoNão se tem qualquer relato confiável do aspecto físico de Paulo. Os únicos relatos que se possui são do final do século II e não são mais do que a projecção dos ideais estéticos a uma figura lendária. Dizia-se que Paulo era manco de uma perna, tinha problemas de vista e era calvo, tinha aproximadamente 1,50 metro de altura.



Há indícios de que Paulo tinha problemas de saúde, padecendo de uma doença crónica e dolorosa, da qual ignoramos a natureza, mas que lhe terá sido um obstáculo à sua atividade normal. Por volta dos anos 58–60 ele descrevia-se a si próprio como um velho.



[editar] ObraVer artigo principal: Epístolas paulinas

Paulo escreveu várias epístolas para as comunidades que visitara, pregando e ensinando as máximas cristãs. As cartas relacionadas a seguir (conhecidas como Corpus Paulinum) são aquelas que, tradicionalmente, são atribuídas a Paulo:



Romanos

I Coríntios

II Coríntios

Gálatas

Efésios

Filipenses

Colossenses

I Tessalonicenses

II Tessalonicenses

I Timóteo

II Timóteo

Tito

Filémon

Hebreus, escrita por discipulos instruídos por Paulo.

[editar] CríticasDiversos teólogos, estudiosos e críticos, incluindo o filósofo e ateu alemão Friedrich Nietzsche (que também criticou o cristianismo em si), acusam Paulo de ter mutilado os ideais cristãos, transformando uma mensagem libertária de transformação individual e caridade numa religião de culpa cheia de padrões rígidos, o que teria tornado o cristianismo uma negação das ideias de Jesus de Nazaré.



[editar] BibliografiaÉtienne Trocmé, "L'enfance du christianisme", Edit. Hachette, 1999

[editar] Ver tambémConcílio de Jerusalém

Nova Perspectiva sobre Paulo

[editar] Ligações externasPaulo de Tarso (em inglês)

[Esconder]v • eApóstolos

Doze apóstolos de Jesus Pedro • André • Tiago Maior • João • Filipe • Bartolomeu • Judas Tomé • Tiago Menor • Mateus • Simão • Judas Iscariotes • Judas Tadeu

Outros apóstolos bíblicos Matias • Paulo • Marcos • Barnabé • Tiago Adelfo • Júnia





Obtida de "http://pt.wikipedia.org/wiki/Paulo_de_Tarso"

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